A tormenta revela a fragilidade
Escondida no âmago d'alma
As nuvens anunciam a tempestade
Lá se vai à serenidade...
O coração cheio de temor
Durante o caminhar na noite escura
A chuva fria; o temporal me assusta
Relâmpagos, raios, trovões e granizo
Tudo é muito estranho, esquisito
É o poder da tormenta na tempestade
Sufoco n’alma a força do grito
A chuva se mistura às minhas lagrimas
Indefeso, procuro e não encontro
Abrigo, amigo, e, a tempestade continua
A dor atravessa o peito, atinge à alma nua
Que inunda de angústia, medo e tristeza
Estou só, o que será de mim?
O vale é sombrio, chão escorregadio
Não tenho forças para seguir em frente
Sem rumo, sem destino, o que fazer?
Com a voz embargada, joelhos trêmulos
É o fim. Lá se foi o amanhecer!
No meio da tormenta, ouço uma voz:
-Filho, estou aqui.
Eu tenho o meu caminho na tormenta
Eu tenho o meu caminho na tempestade
Não tenha medo, acalenta-te
Sossega o seu coração, o amanhã vai chegar
Você nasceu para vencer
E ninguém vai te deter!
Pastora Ademilde
Inspiração em Naum 1.3